Estou demasiado cansada para escrever algo decente. Mas houve um certo alguém que me despertou para tal e eu fiquei em bicos de pés. Conhecem a sensação? Aquela em que não conseguem pensar em muito mais a não ser em equilibrarem-se; não estão com os pés bem assentes no chão para raciocinarem nem com eles completamente no ar, a flutuarem, para deixar fluir as emoções. Pois bem, estou nesse impasse, a tentar decifrar se quero escrever ou não. Bem... com papel e caneta à minha frente a vontade aparece sempre; a questão é se eu serei capaz de fazer uso desses instrumentos que tanto valor têm para mim. Ah... e mais uma vez esta questão importuna-me. Tantas e tantas vezes já lhe dei o papel principal nos meus textos, mas não há maneira de se cansar dessa posição; sempre que penso em escrever, lá vem ela (contente da vida) para me pedir , ou exigir, um pouco mais de fama.
- Não te cansas que eu diga sempre o mesmo , ainda que por variadas palavras, acerca da tua pessoa?
É aborrecido, devo confessar. por vezes, ocorrem-me tantos (e diversos) temas e quando os tento escrever, lá vem ela intrometer-se. Parece que é apenas ela o infortúnio da minha vida, a questão de fundo dos meus problemas.
- Ah! como tu consegues aborrecer-me (até) quando me encontro em dias de sossego e sorrisos de aguarelas. Podias descansar um pouco (de preferência quando eu fosse escrever). Fazia-te a cama se necessário, desde que me deixasses na minha paz. E por tanto me importunares perco-me no raciocínio. Sei que ia escrever sobre um assunto que me anda a assolar, mas tu agora tiraste-me a vontade. Arre! Que o vento te leve.
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