Um ímpeto move-me à escrita
E dele alimento a caneta
Até que os olhos se perdem
No imenso branco do papel
Vagueiam perdidos no pensamento
Alheados do brusco sentir exterior
Que anestesia fortemente a alma
Tal é o choque do subtil com o real
Um real indefinido a todos
Porque vive de si para si
Reflecte-se em si mesmo
E a dimensão torna-se outra
O choque é então ilusão
Não chega a existir
Porque os diferentes reais
Jamais se encontrarão
Vivo assim num despertar
E adormecer ilusório
O exterior não existe em mim
Só o interior me engole
É o exterior ilusão?
Como é ilusão o choque de reais?
Do meu real com o real em si
Que é real e ninguém conhece
27-04-05
5 comentários:
hummm este poema tem mt k se lhe diga..é para ser lido e relido..mas sabes..cada um tem o seu real e só depois o real de fora ou o real dos outros...ou então aquilo que nós pensamos real...
Acho k nenhum deles é ilusão..apenas sao reais diferentes :)
acabam sempre por se cruzar e daí nasce a arte*
...Mas que tentas mostrar, e por isso a escrita.
Bem-Vinda ao admirável mundo novo.
Bonito poema.
A folha branca ficou certamente satisfeita com as palavras que lhe ofereceste!
quando chocam, nascem ou renascem as dúvidas. e daí nascem as respostas as dúvidas, espremidas até à arte, que foi o que fizeste aqui.
beijo :] *
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