Sou selvagem do meu mais profundo ser
A primitividade habita em mim
Sorrateira, duma estranha inteligência,
Como um pequeno engenho programado
Ao mínimo ruído mal captado desperta
Soltando ondas de calor e agitação
Percorrendo o caminho que se lhe depara
Até encontrar um meio de fuga
Escapando de uma matéria densa
Lança-se numa forte brusquidão
Como se de um sufoco apertado
Se tentasse libertar
Contorce-se e vocifera
Como se de mão atadas se encontrasse
Impossiblitada de atingir por actos
Necessitada de praguejar e gritar
Os olhos espelham cólera
E os lábios são mordidos
Por uma irritação profunda
Pela incapacidade de atingir
Mas eis que a fúria se acalma...
De imediato, toma conhecimento
Que as suas palavras foram fortes
Para atingirem e criarem danos
Em todo o seu maldito redor
Apercebe-se dos efeitos causados
E delicia-se com o caos provocado
Ri silenciosa e maliciosamente
E goza, agora, baixinho...
Satisfez os seus caprichos
Mesquinhos e maldosos
Fica completamente saciada
E não oferece resistência
Deixa-se engolir pela carne
De encontro ao seu antro
Pronta para hibernar levemente
Atenta a outra faísca atraente
“Deixo-te a ti as questões,
oh corpo inútil!”
Resmunga ela
Enquanto mergulha...
2 comentários:
Eu queria encontrar um comentário em condições mas...n sei k dizer.. :|
Só posso dizer k está diferente de tudo o k tens escrito...tá..."selvagem" :) **
eina einaaaaa e quem disse k novidades só no continente?? tss tss só novidades...e mt boas..adorei..tá mt mt giro :)
Adoro a imagem :) *** besu
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