Está demasiado calmo para escrever,
Escrever da forma que o tenho feito:
Com todos aqueles lamentos,
Todas aquelas lágrimas engolidas,
Aquelas feridas abertas e aquela dor...
As palavras soam-me tão estranhas
Tão distantes, sem sentido...
Os meus dedos tentam alcançá-las
Porém, o esforço perde-se no ar
E os dedos acabam por desistir.
Não sei escrever palavras bonitas
Como aquelas que se gostam de ler
Ou aquelas que obrigam a repensar
Essas palavras não as encontro
Para paz interior e finais felizes,
Apenas para desespero da falta
Dessas emoções a atingir...
Ouço as gargalhadas dos que conversam,
O galope desenfreado da cadela...
01 de Janeiro de 2005
[Encontrava-me, nesta altura, numa aldeia ecológica. O ar era tão puro, o verde tão bonito, as montanhas inspiradoras e uma calma pairava em mim. O yoga, a dança e a meditação eram práticas correntes o que conferia uma paz (ainda que momentânea) de espiríto. Passei lá apenas uma noite e uma tarde, mas adorei a experiência. Foi, com certeza, a melhor passagem de ano que já tive oportunidade de experienciar.]
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