Foi a sair da sala, pela manhã, que ela te viu pela primeira vez nesse dia. Não o queria admitir, mas sentiu saudades da tua figura no fim-de-semana.
E ali estavas tu, sozinho, encostado à parede a olhar em redor alheadamente para todos os que passavam. O coração dela disparou ao ver-te e sentiu o rubor crescer nas suas faces. Disfarçava, porém. Ou tentava disfarçar. O calor que crescia no seu corpo e a ansiedade que turvava o pensamento eram difíceis de disfarçar.
Passou por ti e tentou exprimir um “olá” imparcial, vulgar. Mas os teus olhos grandes e expressivos a olharem para ela confundiram-na e o seu calor corporal, quase vergonhoso, intensificou-se ainda mais. A tua presença perturbava-a. Ela sabia-o e era impossível negá-lo.
Continuou o seu percurso e fingiu não te ver mais. Afinal, iria estar ocupada. A aula que se seguiria, pouco tardava a começar. Além do mais, estavam imensas pessoas no corredor e ela não se ia entregar à triste figura de furar os espaços livres com o olhar só para te avistar. Contudo, em alguns momentos, não resistia e saciava a sua sede de te observar. Mas rápido desviava o olhar e distraia-se a conversar com outras pessoas.
Esta atracção irresistível por ti tornava-se insuportável. Não queria sentir esta força incontrolável, mas não conseguia resistir-lhe, guiada pelo desejo de te ter, ainda que com o olhar, apenas.
E ali estavas tu, sozinho, encostado à parede a olhar em redor alheadamente para todos os que passavam. O coração dela disparou ao ver-te e sentiu o rubor crescer nas suas faces. Disfarçava, porém. Ou tentava disfarçar. O calor que crescia no seu corpo e a ansiedade que turvava o pensamento eram difíceis de disfarçar.
Passou por ti e tentou exprimir um “olá” imparcial, vulgar. Mas os teus olhos grandes e expressivos a olharem para ela confundiram-na e o seu calor corporal, quase vergonhoso, intensificou-se ainda mais. A tua presença perturbava-a. Ela sabia-o e era impossível negá-lo.
Continuou o seu percurso e fingiu não te ver mais. Afinal, iria estar ocupada. A aula que se seguiria, pouco tardava a começar. Além do mais, estavam imensas pessoas no corredor e ela não se ia entregar à triste figura de furar os espaços livres com o olhar só para te avistar. Contudo, em alguns momentos, não resistia e saciava a sua sede de te observar. Mas rápido desviava o olhar e distraia-se a conversar com outras pessoas.
Esta atracção irresistível por ti tornava-se insuportável. Não queria sentir esta força incontrolável, mas não conseguia resistir-lhe, guiada pelo desejo de te ter, ainda que com o olhar, apenas.
09.10.06
6 comentários:
Na escola e depois... Os olhares. Perdi a conta aos contactos visuais, as excitações ópticas, por exemplo no metro de Lisboa. ui, mais que muitas.
foi o melhor texto teu que li ate hoje :) apenas considero que ela Tentava "distrair-se a conversar com outras pessoas", pois tanta emoção avassaladora perturba a atenção e impossibilita a leveza necessária a uma "conversa de sala", mas toda a descriçao da situação é intensa e pungente. parabens! *
a.different.angle,
gosto que visites o meu blogue e deixes um pouco de ti. não sei quem és, mas agradeço cada uma das palavras :)*
Gostei do texto...e também desses momentos tão comuns e tão intensos que nos preenchem a vida! Olhares, sou doido por eles. bjnho
é sem dúvida daqueles textos que prendem logo, por ser um lugar-comum dos dias de todos nós
um beijo *
Borboletas. Muitas. Na barriga.
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