terça-feira, abril 17, 2012
quinta-feira, abril 21, 2011
quinta-feira, abril 07, 2011
quarta-feira, março 30, 2011
Podia ser sonambulismo
sábado, novembro 20, 2010
É o que me apetece
sábado, outubro 09, 2010
terça-feira, setembro 07, 2010
terça-feira, agosto 17, 2010
segunda-feira, julho 26, 2010
Rascunho de uma crítica
segunda-feira, maio 31, 2010
sábado, janeiro 30, 2010
Fuck you!
domingo, outubro 25, 2009
terça-feira, agosto 18, 2009
sábado, maio 09, 2009
sexta-feira, maio 01, 2009
Vão todos p'ro caralho!
Como se o sofrimento fosse desculpa para sermos o que somos.
E será? Eu costumo acreditar que sim.
Se não acreditasse nisso, não podia acreditar que não existem más pessoas.
Mas se Deus nos criou, simples e ignorantes, como viemos nós ter aqui? Por que é o caminho do mal o primeiro a ser escolhido e só mais tarde o caminho do bem? Por que é que conforme evoluímos, vamos para o bem? Ou seja, por que partimos do mal?
Isto leva-me a crer que o mal é necessário. Seja lá o que o mal for.
É que também acredito que não há injustiça. Que tudo existe da forma como deveria existir. Que umas coisas impulsionam outras e vivemos todos numa grande roldana, aliás fazemos parte dela.
Assim sendo, o que é o mal?
Se não há injustiça, também não há justiça. O que me leva àquela velha questão da unidade e da dualidade. Estamos em direcção à unidade? Tal como partimos do mal para o bem, partimos da dualidade para a unidade?
Mas se não acredito em injustiça e portanto também não acredito em justiça, não haverá dualidade. A não haver dualidade, embora nos continue a parecer que sim, não será tudo isto uma ilusão?
Só não conseguimos ver o grande plano, não é? Como peixes dentro de água que não sabem que estão dentro de água nem o que ela é.
Não sei se sempre achei isto, mas a melhor perspectiva há de ser aquela em que conseguimos ver as coisas do “lado de fora”. Se formos peixes dentro de um aquário, como poderemos ver as coisas desse prisma?
E isto leva-me à, também velha, conclusão: somos apenas ser humanos. E embora pareça muito, é tão pouco.
Não é fatalismo, porque também acredito que não ficamos por aqui. De facto, eu não sou um ser humano, eu vou sendo um ser humano. Até ao dia, ao momento, à altura, em que não precise de o ser. Até à altura... Já não sei o que escrevo.
A verdade é que quando apanhamos com um vaso em cima, ficamos mais atentos, pensamos melhor, ficamos mais fortes. E por isso digo sem pudor que me apetece mandar alguém p’ro caralho. Porque ainda sou humana e ninguém sabe o que me vai cá dentro. Sendo ou não cliché esta frase, ninguém conhece as entranhas de ninguém e por isso não me venham com conclusões e definições e juízos. Vão pr’o caralho aqueles que julgam que me conhecem, aqueles que ousam opinar sobre a forma como penso a vida com a arrogância dos ignorantes. Vão pr’o caralho hoje porque hoje sou ainda mais humana porque apanhei com um vaso em cima e o meu ego dói. Vão pr’o caralho porque só vos mandando pr’o caralho é que me sinto melhor, só vos mandando pr’o caralho... Que os ignorantes não sabem e por isso não os podemos mandar pr’o caralho.
O que eu queria mesmo era escrever um livro.
segunda-feira, janeiro 19, 2009
Desculpas
segunda-feira, dezembro 22, 2008
sábado, setembro 20, 2008
Porque sabe bem ouvir de madrugada
I could stay awake just to hear you breathing
Watch you smile while you are sleeping
While youre far away dreaming
I could spend my life in this sweet surrender
I could stay lost in this moment forever
Every moment spent with you is a moment I treasure
Dont want to close my eyes
I dont want to fall asleep
Cause Id miss you baby
And I dont want to miss a thing
Cause even when I dream of you
The sweetest dream will never do
Id still miss you baby
And I dont want to miss a thing
Lying close to you feeling your heart beating
And Im wondering what youre dreaming
Wondering if its me youre seeing
Then I kiss your eyes
And thank God were together
I just want to stay with you in this moment forever
Forever and ever
Dont want to close my eyes
I dont want to fall asleep
Cause Id miss you baby
And I dont want to miss a thing
Cause even when I dream of you
The sweetest dream will never do
Id still miss you baby
And I dont want to miss a thing
I dont want to miss one smile
I dont want to miss one kiss
I just want to be with you
Right here with you, just like this
I just want to hold you close
Feel your heart so close to mine
And just stay here in this moment
For all the rest of time
Dont want to close my eyes
I dont want to fall asleep
Cause Id miss you baby
And I dont want to miss a thing
Cause even when I dream of you
The sweetest dream will never do
Id still miss you baby
And I dont want to miss a thing
Dont want to close my eyes
I dont want to fall asleep
I dont want to miss a thing
Aerosmith - I Don't Want to Miss a Thing
sábado, agosto 16, 2008
Título por definir (Parte I)
Mais um gole. O copo não parava na mesa um minuto. Não gostava de vinho, mas aquele até nem era muito mau. Não era a única. A maioria dos copos erguiam-se no ar em brindes e patetices corriqueiras. Havia vinho nas toalhas das mesas, nas camisolas, no chão, nas bocas... Havia tanta gente.
Eu saçaricava de uma mesa para outra. Havia tanta gente. Todos espalhados. Tantas mesas. Tantos copos. Sorria muito, falava muito, demais, como de costume. “Tenho de deixar de ser tão desbocada” e lá saía mais uma intimidade que ficava bem do lado de dentro da boca. O discernimento já ia longe. Mais umas piadas, mais uns copos, mais uns abraços, uns sorrisos, umas patacoadas. Muita gente. Só vozes. Todos conversam e riem. Mais vinho. Só garrafas... vazias. E os empregados em pressa, com os seus carrinhos, em aceleradas corridas por entre as tantas pessoas descoordenadas. Os pratos são levados. (Houve sobremesa?) Já são poucos os que estão sentados. (Há alguém sentado?) O que vale é que o restaurante é grande e os espelhos na parede, junto à entrada, não permitem a sensação, por vezes claustrofóbica, de se estar no meio de tanta gente.
De repente, estamos na casa-de-banho, depois de sentados a uma mesa que não a nossa, a conversar sobre mais patetices, sabe-se lá sobre o quê. Há tanta gente! Até na casa-de-banho há muita gente. Rapazes na das raparigas. Está tudo misturado. Fui à casa-de-banho, mas não queria “ir à casa-de-banho”. Devo-me ter guiado pelas vozes. Gosto de estar onde estão as pessoas, nestas alturas. Tanto riso! Dá-me vontade de rir só de olhar este festival. Os copos continuam nas mãos. A casa-de-banho não é pretexto para abandonar o copo na mesa. O meu... (onde está o meu copo?). As minhas mãos estão livres e eu gesticulo muito quando falo. Gesticulo sempre muito quando falo. Tanta gente conhecida. A Clarice apoia-se no meu ombro e ri. O Mário fala connosco (que somos mais que eu e a Clarice) sentado em cima de uma das sanitas com a porta aberta. Felizmente está só sentado. (de que se fala?) A certo ponto, incomoda-me tanta gente num espaço fechado e tão pequeno. Saio um pouco para tentar perceber se a mesma confusão se passa do lado masculino. Nem por isso. A confusão começa entre as duas portas e acaba do lado de dentro da nossa. E eis que mais alguém conhecido aparece.